No Brasil, cerca de 24% da população tem algum tipo de deficiência. O dado é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em seu último censo contabilizou 45,6 milhões de pessoas com deficiência. Para essa parcela expressiva de brasileiros, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) destacou, no Dia Nacional de Luta da Pessoas com Deficiência (21/9), suas ações para garantir a acessibilidade e autonomia nos embarques e desembarques em sua rede de 55 aeroportos pelo Brasil. São pessoas capacitadas em atendimento, além de equipamentos e outros investimentos para garantir que a experiência de todos os passageiros seja inclusiva e acessível.
Uma das principais ações nesse sentido é o Curso de Atendimento ao Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (PNAE), que completou onze anos e alcançou a marca de 19,7 mil pessoas capacitadas em 258 cursos nas unidades da Infraero pelo País. Nas atividades, empregados da estatal, terceirizados e comunidade aeroportuária passam por experiências sensoriais e de mobilidade, fazendo o uso de vendas, cadeiras de rodas, muletas e bengalas. A ideia é que os funcionários vivenciem o dia-a-dia de uma pessoa com deficiência, visitando as instalações dos aeroportos. Além disso, aprendem sobre o trato adequado a cada deficiência e o cumprimento às normas e leis e fazem exercícios práticos e troca de experiências entre os participantes. A capacitação tem o foco na aviação civil, envolve todas as áreas da Infraero e contempla também o respeito e a diversidade, conforme definição da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu o dia 3/12 como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
Os cursos de acessibilidade da Infraero têm padrão de excelência e já atenderam a clientes como o Aeroporto Internacional de Florianópolis, que passou para a iniciativa privada em janeiro deste ano. Isso demonstra o compromisso e a capacidade da empresa com esse tema tão importante.
Outra demonstração nesse sentido está no Aeroporto Santos Dumont. Em 2014 o terminal recebeu o selo de participação no projeto Rio Acessível, com a classificação Diamante. O terminal foi o único entre os 250 pontos analisados na cidade que obteve mais de 90% de acessibilidade. Além de empregados devidamente treinados, o aeroporto conta com balcões de informações, bebedouros e sanitários adaptados, semáforo sonoro, telefones para surdo com teclado acoplado, rampas nas calçadas em frente aos terminais, pisos táteis, 55 balcões de check-in e 51 totens de autoatendimento adaptados, ambulifts que auxiliam o embarque e o desembarque nas aeronaves que estão estacionadas fora das pontes de embarque, ônibus e micro-ônibus 100% adaptados, além das vagas exclusivas no estacionamento para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Evolução
Os procedimentos para atender ao público com deficiência e mobilidade reduzida também têm sido atualizados, com elaboração de fluxo de informação e comunicação junto às companhias aéreas, sempre com o objetivo de oferecer o melhor atendimento de acordo com a realidade de cada aeroporto.
A Infraero também vem realizando adaptações em todos os terminais de passageiros dos aeroportos da Rede para torná-los acessíveis, cuidado que se estende também aos contratos de concessão de áreas comerciais, como braile, nos cardápios das lanchonetes e restaurantes nas praças de alimentação dos aeroportos da Rede. Outro destaque é a presença de empregados treinados na Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os aeroportos da Infraero.
Nesse sentido, todos os projetos de melhorias, reforma, ampliação ou construção de terminais incorporam os requisitos de acessibilidade de acordo com a legislação vigente.
Essa questão pode ser destacada na implantação do sistema Elo, conjunto de conectores climatizados que ligam as aeronaves às salas de embarque e desembarque, garantindo a chegada ou partida de passageiros com conforto, segurança e acessibilidade por meio de escada com plataforma elevatória acoplada. A estrutura já está disponível nos aeroportos de Palmas, Joinville, Londrina, Porto Velho e Campina Grande e proporciona a inclusão do passageiro com deficiência e mobilidade reduzida em todas as etapas do embarque e desembarque.
A tecnologia é adequada a todas as aeronaves comerciais regulares utilizadas pelas companhias aéreas brasileiras. A solução é totalmente nacional e recebeu em 2013 o Prêmio de Inovação TranspoQuip em reconhecimento à elaboração do Sistema Elo, desenvolvido pela Infraero em parceria com a Ortobras, e tendo como diferencial a versatilidade, uma vez que a estrutura pode ser adaptada aos diferentes aeroportos administrados pela empresa, assegurando que o viajante com deficiência ou dificuldade de locomoção embarque e desembarque de forma igualitária.
Além do sistema Elo, a Infraero também conta com os ambulifts, veículos adaptados com uma plataforma elevatória para embarques e desembarques de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Ao todo, 15 aeroportos são atendidos pelo equipamento: Cuiabá (MT), Vitória (ES), Santarém (PA), Foz do Iguaçu (PR), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Uberlândia (MG), João Pessoa (PB), Navegantes (SC), Teresina (PI), São Luís (MA), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro/Santos Dumont (RJ), São Paulo/Congonhas (SP) e Goiânia (GO).
Matéria divulgada em 25 de Setembro de 2018 às 00:09
Fonte: Infraero
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